Liturgia

A Liturgia da Palavra no Sacramento do Matrimónio
Secretariado Diocesano da Liturgia, Diocese do Porto, in Voz Portucalense , 28/05/2003

Todos os Sacramentos - e o Matrimónio não é excepção - são "sacramentos da féque nasce da Palavra e na Palavra se alimenta. Por isso, com toda a justiça, os Preliminares do Ritual da Celebração do Matrimónio reconhecem à Liturgia da Palavra o estatuto de "elemento principal". Nela, com efeito, se "manifesta a importância do Matrimónio cristão na história da salvação e a dignidade e os deveres que daí decorrem para a santificação dos esposos e dos filhos" (Cf. nº 35).
O Ritual insiste em diversos aspectos da Liturgia da Palavra, como sejam a escolha das leituras, a preparação, a homilia, etc... (Cf. nº 17, 23, 29, 30, 34, 38 e 40) e apresenta uma rica e articulada descrição dos ritos (p. 25-29).
Com 9 leituras do Antigo Testamento, 13 epístolas do Novo Testamento e 1 leitura do Apocalipse, 7 Salmos Responsoriais com 1 ou 2 refrães, 4 versículos para a aclamação ao Evangelho e 10 Evangelhos, oferece-se um manancial para estruturar de forma criativa e adequada a cada caso, a cada sensibilidade e situação particular, a Liturgia da Palavra.
Se apesar da abundância, alguém ainda se sentir limitado, poderá, como dá a entender a rubrica do capítulo V, escolher outra leitura da Palavra de Deus desde que - é esse o princípio geral - o texto figure num dos leccionários aprovados.
O Ritual não deixa de apresentar um esquema (modelo) da Liturgia da Palavra. Trata-se sempre de uma boa hipótese, desde que a sua adopção não signifique preguiça, descuido ou desinteresse. Mas, convém advertir que o sentido da reforma litúrgica vai na senda de uma criatividade sensata e que, por isso, os novos rituais propõem os meios para a exercer de forma recta. Esta nova sensibilidade é uma oportunidade pastoral de grande alcance catequético e celebrativo que convém explorar.
Entretanto, fique bem claro que na Liturgia da Palavra não há lugar para outros textos, como poemas ou parábolas e historietas (como, por vezes, se vêem nos livrinhos que os noivos elaboram), mesmo que sejam textos interessantes ou muito expressivos que poderão provocar a sensibilidade dos noivos ou do sacerdote que preside, mas nem por isso são Palavra de Deus. Se vierem a propósito, o sacerdote presidente poderá integrá-los na homilia, a título de ilustração da Palavra de Deus proclamada. Noutro caso, poderão ser lidos, noutro ambiente, porventura antes de se dar começo à refeição nupcial.
O Ritual dá indicações precisas sobre a forma correcta de estruturar a Liturgia da Palavra:
- Se a Liturgia da Palavra incluir três leituras, a 1ª será do Antigo Testamento (salvo no tempo pascal, que será do Apocalipse);
- Uma das leituras escolhidas deve falar explicitamente do Matrimónio; para que não haja dúvidas, o Ritual ajuda-nos a reconhecer quais são, assinalando-as com um asterisco (Cf. nº 179-222).
Para facilitar o trabalho da escolha, a edição portuguesa do Ritual não se limita, como faz a edição latina, a fornecer a listagem das perícopas, mas publica o texto completo das leituras bíblicas. Na edição mais recente a leitura é enquadrada pelo título ("Leitura do livro...) e pela aclamação conclusiva (Palavra do Senhor...). Entretanto, com isto não se pretende substituir nem dispensar o Leccionário (vol. VIII) das Missas Rituais. Para além da vantagem de apresentar o texto de forma a facilitar a leitura, esse é o livro próprio a usar na proclamação litúrgica da Palavra de Deus.
Dando destaque à homilia, o Ritual indica que esta, "inspirando-se no texto sagrado, exporá o mistério do Matrimónio cristão, a dignidade do amor conjugal, a graça do Sacramento e os deveres dos cônjuges, tendo em conta, porém, as diversas circunstâncias das pessoas" (nº 57). Entre elas, refere a situação de fé tanto dos nubentes como daqueles que apenas nestas ocasiões frequentam a Igreja (Cf. nº 28, 32, 37). Mais uma razão para que a escolha das leituras seja feita de uma forma esclarecida e esclarecedora, na medida do possível, ao menos e sobretudo com os noivos que hão-de ser ajudados a descobrir os tesouros de vida da Palavra de Deus.

Exemplos de possíveis leituras
Opções para a 1ª Leitura

Opções para a 2ª Leitura:

Opções para o Evangelho:



Opções para a 1ª Leitura


26Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» 27Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. 28Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.» 29Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. 31Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.

18O SENHOR Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.» 19Então, o SENHOR Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse. 20O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele.
21Então, o SENHOR Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne. 22Da costela que retirara do homem, o SENHOR Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem.
23Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!» 24Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne.

9Ora, tendo-se eles lavado e sentado para comer, Tobias disse a Rafael: «Irmão Azarias, pede a Raguel que me dê por esposa, Sara, minha irmã.» 10Raguel ouviu estas palavras, e respondeu a Tobias: «Come e bebe e passa a noite tranquilo, pois não há ninguém a quem toque tomar por esposa minha filha Sara, a não ser tu, irmão, pois nem mesmo eu tenho o direito de a entregar a outro homem senão a ti, porque és o meu parente mais próximo. Devo contudo, dizer-te a verdade, filho: 11Já a dei a sete maridos, escolhidos entre os nossos irmãos, e todos morreram na mesma noite em que dela se aproximaram. Contudo, meu filho, come e bebe agora, o Senhor providenciará em vosso favor.»
12Tobias, porém, replicou: «Não comerei nem beberei antes que resolvas a minha situação.» Respondeu Raguel: «Assim o farei. Ela te é dada segundo a lei de Moisés, e já que o Céu assim o determinou, então, que ela te seja dada. Toma-a desde este momento, segundo a Lei. Doravante serás seu irmão e ela tua irmã; é-te dada a partir de hoje, por toda a eternidade. E o Senhor do céu vos faça felizes, esta noite, meu filho, e derrame sobre vós misericórdia e paz!»
13A seguir, Raguel chamou Sara, sua filha. Quando ela se aproximou, tomou-lhe a mão e entregou-a a Tobias, dizendo: «Leva-a conforme a Lei de Moisés, a qual manda que te seja dada por esposa. Toma-a, pois, e leva-a alegremente, para a casa de teu pai. Que o Deus do céu vos guie em paz!» 14Chamou depois a mãe, mandou trazer uma tabuinha e escreveu o contrato matrimonial, declarando que dava Sara por esposa a Tobias, conforme a sentença da Lei de Moisés, e selou-o. Foi então que começaram a comer e a beber. 15Mais tarde, Raguel chamou Edna, sua esposa, e disse-lhe: «Irmã, prepara outro quarto, e leva para lá Sara.» 16Edna entrou no outro aposento e preparou-o, como o marido lhe dissera, e levou sua filha para o aposento nupcial e chorava por ela. Mas, enxugando as lágrimas, dizia-lhe: 17«Coragem, filha! O Senhor do céu te dê alegria em lugar da tua tristeza! Coragem, filha!» E saiu.

5Levantaram-se ambos e puseram-se a orar e a implorar que lhes fosse enviada a salvação, dizendo:
«Bendito sejas, Deus dos nossos pais, e bendito seja o teu nome, por todas as gerações; louvem-te os céus e todas as tuas criaturas, por todos os séculos. 6Tu criaste Adão e deste-lhe Eva, sua esposa, como amparo valioso, e de ambos procedeu a linhagem dos homens. Com efeito, disseste: Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele. 7Agora, Senhor, Tu bem sabes que não é com paixão depravada que agora tomo por esposa a minha irmã, mas é com intenção pura. Permite, pois, que eu e ela encontremos misericórdia, e cheguemos juntos à velhice.» 8E ambos responderam ao mesmo tempo: «Ámen, Ámen!» 9Depois, deitaram-se para passar a noite.
A alegria de Raguel - 10Raguel levantou-se, chamou os seus servos, e, tendo saído juntos, abriram uma sepultura, porque dizia: «Não aconteça que ele venha a morrer e nos tornemos objecto de escárnio e opróbrio!»

Eis a voz do meu amado. Ele aí vem, transpondo as montanhas, saltando sobre as colinas. O meu amado é semelhante a uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo que está por detrás do nosso muro, a olhar pela janela, a espreitar através das grades.
O meu amado ergue a voz e diz-me: "Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua voz é suave e o teu rosto é encantador".
O meu amado é para mim e eu sou para ele.
Ele disse-me: "Põe-me como um selo sobre o teu coração, como um selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte e a paixão é violenta como o abismo. Os seus ardores são setas de fogo, são chamas divinas. As águas torrenciais não podem apagar o amor, nem os rios o podem submergir".



Opções para a 2ª Leitura:


31Que mais havemos de dizer? Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós? 32Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?
33Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica! 34Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós. 35Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia,
a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? 37Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou. 38Estou convencido de que nem a morte nem a vida,
nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, 39nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus
que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.

1Por isso, vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o espiritual.
2Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova mentalidade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito.
9Que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. 10Sede afectuosos uns para com os outros no amor fraterno; adiantai-vos uns aos outros na estima mútua. 
14Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis. 15Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. 16Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julgueis sábios por vós próprios. 17Não pagueis a ninguém o mal com o mal; interessai-vos pelo que é bom diante de todos os homens. 18Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os homens.

13Os alimentos são para o ventre, e o ventre para os alimentos, e Deus destruirá tanto aquele como estes. Mas o corpo não é para a impureza, mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo. 14E Deus, que ressuscitou o Senhor, há-de ressuscitar-nos também a nós, pelo seu poder.
17Mas quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito. 18Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que o homem cometa é exterior ao seu corpo, mas quem se entrega à impureza, peca contra o próprio corpo.
19Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? 20Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.

Irmãos,
Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados,
Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo.
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver Amor,
sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine.
Mesmo que eu tivesse o dom da profecia
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência;
Mesmo que eu tivesse a plenitude da fé,
a ponto de transportar montanhas,
se não tiver Amor,
eu nada sou.
E ainda que distribuísse todos os meus bens pelos pobres
e entregasse o meu corpo para ser queimado,
se não tiver Amor,
de nada me aproveitaria.
O Amor é paciente,
o Amor é serviçal,
não tem inveja;
o Amor não é orgulhoso nem arrogante;
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita, nem guarda ressentimento;
não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
O Amor tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O Amor jamais acabará.


18Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade.
19Por isto conheceremos que somos da verdade e, na sua presença, sentir-se-á tranquilo o nosso coração, 20mesmo quando o coração nos acuse; pois Deus é maior que o nosso coração e conhece tudo. 21Caríssimos, se o coração não nos acusa, então temos plena confiança diante de Deus, 22e recebemos dele tudo o que pedirmos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que lhe é agradável.
23E este é o seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos deu. 24Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele; e é por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que nos deu.

7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. 8Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
9E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. 10É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
11Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
12A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.



Opções para o Evangelho:


  1 Jesus viu as multidões, subiu à montanha e sentou-Se. Os discípulos aproximaram-se 2e Jesus começou a ensiná-los: 3«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. 4Felizes os aflitos, porque serão consolados. 5Felizes os mansos, porque possuirão a terra. 6 Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão a misericórdia. 8 Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. 10Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. 11 Felizes de vós, se fordes insultados e perseguidos, e se disserem toda a espécie de calúnia contra vós por causa de Mim. 12Ficai alegres e contentes, porque será grande para vós a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós».

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
"Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente, que edificou a casa sobre rocha firme. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava sobre a rocha.
Mas quem ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato, que edificou a casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; desmoronou-se e foi grande a sua ruína."
Quando Jesus acabou de falar, as multidões estavam admiradas com a sua doutrina, porque as ensinava como quem tem autoridade e não como os seus escribas.

6Mas, desde o início da criação, Deus fê-los homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará pai e mãe, 8e os dois serão uma só carne.9Portanto, o que Deus uniu, o homem não o deve separar».

Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento.
Como o vinho veio a faltar, a Mãe de Jesus disse-Lhe: "Não têm vinho". Jesus respondeu-lhe: "Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora". Sua Mãe disse aos serventes: "Fazei tudo o que Ele vos disser".
Havia ali seis talhas de pedra, destinadas aos ritos de purificação dos judeus; cada uma levava duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: "Enchei as talhas de água". Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: "Tirai agora e levai ao chefe de mesa". E eles levaram.
Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho sem saber donde era; só os serventes, que tinham tirado a água, é que sabiam chamou o esposo e disse-lhe: "Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de terem bebido bem, é que serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora".
Foi assim, em Caná da Galileia, que Jesus deu início aos sinais que realizou.
Manifestou a sua glória e os seus discípulos acreditaram n’Ele.

20Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, 21para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. 23Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim.
24Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo.
25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste. 26Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.»